Vamos falar de Cancro da Pele

Vamos falar de Cancro da Pele

O cancro da pele é uma doença que ocorre quando as células da pele começam a crescer anormalmente e de forma descontrolada, formando uma massa ou tumor. Numa situação normal, ou saudável, as células após o seu período normal de vida acabam por morrer, multiplicando-se apenas quando necessário de modo a que haja um equilíbrio. Quando uma célula é danificada, nomeadamente o seu ADN, esta deixa de ter a capacidade de regular quando se deve multiplicar, acabando por se replicar sem qualquer controlo. Este número exagerado de células danificadas em bloco é o que chamamos de cancro.

A pele é formada por diversos tipos de células que podem originar cancros, incluindo células na camada mais superficial da pele (epiderme) e células que produzem a nossa pigmentação (melanócitos).  Os três tipos de cancro da pele mais comuns são o Carcinoma Basocelular (CBC), o Carcinoma Espinocelular (CEC) e o Melanoma.

O processo exato pelo qual uma célula de pele normal e saudável se torna cancerígena é altamente complexo e ainda não está totalmente compreendido, no entanto, geralmente envolve mutações ou alterações no seu ADN. Estas mutações podem ser causadas por exposição a radiação UV, exposição a outros carcinógenos ou outros fatores que possam induzir estas mudanças no ADN das células.

Se o cancro da pele não for tratado a tempo, pode acontecer que se dissemine para outras partes do corpo, o que pode levar a sérias complicações de saúde e mesmo à morte. No entanto, se for detetado e tratado atempadamente, no estágio inicial da sua formação, o prognóstico da maioria dos cancros da pele é bastante positivo, com taxas elevadas de cura e mínimos efeitos a longo prazo.

Se notar quaisquer alterações na sua pele, tais como o surgimento de sinais, manchas ou verrugas, é importante que procure o seu médico.

Tipos de Cancro de Pele

Existem 3 tipos principais de cancro da pele: o Carcinoma Basocelular (CBC), o Carcinoma Espinocelular (CEC) e o Melanoma.

  • Carcinoma Basocelular (CBC) – é o tipo de cancro de pele mais comum e geralmente desenvolve-se em zonas da pele que estão tendencialmente mais expostas ao sol, tais como a face, o pescoço e os braços. O CBC começa nas células basais, que se encontram na parte mais profunda da epiderme. Estas células cancerígenas crescem por norma de forma lenta e tendem a permanecer confinadas no local original do tumor. No entanto, se não for tratado, pode mesmo assim invadir os tecidos e ossos ao seu redor (metastisar);
  • Carcinoma Espinocelular (CEC) – este tipo de cancro da pele é o segundo mais frequente e também tem tendência para se desenvolver em áreas frequentemente expostas ao sol, tais como a face, o pescoço, as mão e braços. O CEC começa nas células escamosas da epiderme, que estão localizadas na camada mais superficial da epiderme. Estes tipos de células cancerígenas crescem por norma de forma mais rápida, por vezes bastante mais rápida, e podem-se disseminar para outras partes do corpo com maior facilidade, se não forem tratadas a tempo;

Melanoma – este é o tipo de cancro de pele mais perigoso, pela sua capacidade de se metastisar para outras partes do corpo de forma muito rápida. O Melanoma desenvolve-se nos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor à nossa pele, a melanina. O Melanoma, ainda que seja mais frequente desenvolver-se em zonas mais expostas à luz solar, pode desenvolver-se em zonas do corpo que não estão geralmente expostas, tais como os genitais ou os intestinos.

Principais Sintomas

Os sintomas do cancro da pele podem variar dependendo do tipo de cancro e o estágio do seu desenvolvimento. Alguns sinais e sintomas comuns dos cancros da pele são:

  • um novo sinal ou verruga na pele que não desaparece;
  • uma ferida que não sara ou que está sempre a reaparecer;
  • um alto ou endurecimento da pele;
  • vermelhidão ou inchaço na pele;
  • comichão, saneamento ou desenvolvimento de crostas na pele;
  • alterações no tamanho, forma ou textura de sinais ou verrugas existentes;
  • formação de linhas negras por baixo das unhas ou nas palmas das mão ou solas dos pés.

Importa salientar que nem todas as alterações na pele e nos sinais existentes se traduz em algo cancerígeno. Há mesmo alguns tipos de cancro da pele que nem provocam quaisquer sintomas observáveis nas suas fases iniciais. No entanto, se notar alguma alteração na sua pele e esta persista durante duas semanas ou mais, ou que pareça estar a piorar com o tempo, deve procurar o seu médico para que este faça uma avaliação. A detecção precoce permite um tratamento eficaz do cancro da pele e aumenta as probabilidades de um desfecho favorável.

Diagnóstico

O diagnóstico do cancro da pele é geralmente efetuado por um médico especialista em Dermatologia. O diagnóstico é baseado numa combinação de fatores, que incluem a aparência da lesão na pele, o histórico clínico do paciente e outros sintomas ou fatores que o Dermatologista veja como relevantes.

De modo a efetuar o diagnostico, o médico Dermatologista efetua um exame da pele, procurando quaisquer sinais ou verrugas fora dos parâmetros normais, lesões ou crescimentos anormais na pele. Neste procedimento, o médico utiliza um instrumento especializado para proceder a uma dermatoscopia, de modo a conseguir obter uma visão mais detalhada das lesões que encontra. Se o médico suspeitar de um cancro de pele, o mais provável é efetuar uma biopsia, ou seja, a proceder à remoção de uma pequena parte da lesão para ser observada com maior detalhe sob um microscópio.

Existem diversos tipos de biópsias que podem ser efetuadas, a biopsia por raspagem, a biopsia por punção e a biopsia de excisão. O tipo de biopsia a ser efetuada dependerá do tamanho e local da lesão. Assim que os resultados estejam disponíveis, o médico pode determinar se a lesão é ou não cancerígena e, em caso positivo, de que tipo de cancro se trata.

Tratamento

O tratamento para o cancro da pele depende largamente do tipo de cancro, do tamanho e da localização do tumor, bem como do estado geral de saúde do paciente.

Prevenção

Ainda que existam todos estes métodos de tratamento, é imperativo que se adotem medidas de prevenção para que o cancro da pele não se chegue sequer a formar. Estas medidas incluem:

  • a utilização de protetor solar com alto índice de proteção (FPS de pelo menos 30), todo o ano, mesmo em dias nublados;
  • evitar a exposição solar prolongada, com especial atenção às horas de maior incidência de radiação UV;
  • utilizar vestuário de proteção contra os raios UV;
  • evitar a utilização de solário ou outras fontes de radiação UV;
  • verificar de forma regular a sua pele e procurar um dermatologista sempre que necessário.

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